Alguma vez se perguntou por que razão os bancos lhe pedem comprovativos de rendimentos e recibos de vencimento quando se solicita algum tipo de empréstimo? A princípio, a resposta é simples: esses documentos permitem às instituições financeiras calcular a sua taxa de esforço e, com base nisso, decidir se lhe concedem ou não o crédito.
Atualmente, as instituições financeiras têm vindo a tornar-se cada vez mais rigorosas na concessão de empréstimos. Contudo, necessitam de documentos que retratem o histórico financeiro dos seus clientes, permitindo-lhes avaliar se o empréstimo será ou não um encargo demasiado pesado para o consumidor.
O que é a Taxa de Esforço?
A taxa de esforço é a percentagem do rendimento total da família que é destinada ao pagamento das prestações dos créditos já contraídos (habitação, automóvel, cartões de crédito, entre outros). Em resumo, esse cálculo ajuda-nos a perceber quanto do rendimento está disponível para cobrir as despesas do dia a dia (como alimentação, transporte, educação e lazer) após o pagamento das obrigações mensais com créditos.
Idealmente, esta não deve ultrapassar os 33%, ou seja, um terço do rendimento total da família. Porém, no caso de um crédito à habitação, devido ao valor elevado do empréstimo, é aceitável que chegue a valores próximos de 40%. No entanto, o Banco de Portugal recomenda que os bancos não concedam crédito que resulte numa taxa de esforço superior a 50%.
Como Calcular a Taxa de Esforço?
As despesas mensais com eletricidade, água, gás e telecomunicações não são consideradas no cálculo da taxa de esforço. Para este cálculo, contam apenas os encargos financeiros com prestações mensais de crédito (cartão de crédito, crédito pessoal, crédito automóvel, entre outros).
Além disso, imagine que não tem um crédito à habitação, mas está a pagar por uma casa alugada. Neste caso, o valor deve ser incluído nas despesas com encargos financeiros.
Para calcular a sua taxa de esforço, basta executar o seguinte cálculo:
(Encargos financeiros ÷ Rendimento Líquido Total do Agregado) x 100
Exemplo Prático
Vamos considerar o exemplo de um casal fictício, Ana e Carlos, que têm um rendimento líquido de 1.600 euros. Eles têm um crédito pessoal de 7 mil euros e um cartão de crédito com um limite de 1.300 euros. Supondo que o total de encargos mensais seja de 280 euros (160 no crédito pessoal e os restantes 120 da prestação do cartão), a taxa de esforço deste casal é de (280 / 1.600) x 100 = 17,5% dos rendimentos mensais.
Como podemos ver, Ana e Carlos têm um esforço bastante suportável em relação ao rendimento mensal líquido do agregado familiar. Idealmente, esse compromisso nunca deve ser superior a 33%.
A consolidação de créditos como alternativa para reduzir a taxa de esforço
Quando se tem uma taxa de esforço substancialmente elevada, uma grande parte do rendimento da família fica destinada ao pagamento de prestações de empréstimos bancários. Portanto, se este for o seu caso, pode seguir alguns passos para diminui-la.
Passos para Reduzir a Taxa de Esforço
- Calcule a sua taxa de esforço atual.
- Identifique os créditos com as taxas de juro mais altas.
- Considere a possibilidade de renegociar os termos do seu crédito.
- Explore a opção de consolidação de créditos.
- Consulte um consultor financeiro para obter aconselhamento personalizado.
- Após a consolidação, evite contrair novos empréstimos que possam levar ao endividamento.
Se não conseguir renegociar os termos dos contratos já existentes junto ao banco, sugerimos consolidar os créditos. Desta forma, poderá obter melhores condições de juro e alargar o prazo de pagamento. Ademais, vai reduzir o percentual do seu ordenado aplicado em mensalidades.
Por princípio, há que se ressaltar que isso vale para quem tem pelo menos dois empréstimos e reúne algumas condições específicas. Saiba quais são elas no nosso artigo sobre as vantagens do crédito consolidado.
Com a consolidação, ficará a pagar apenas uma prestação mensal, o que contribuirá para melhorar a sua taxa de esforço. Por consequência, ganhará mais flexibilidade na gestão do seu orçamento familiar. Em suma, são muitos requisitos específicos para a sua contratação. Portanto, é ideal que, ao pensar em fazer uma consolidação de créditos, conte com uma empresa especializada em intermediação de crédito.
Na prática, um profissional qualificado poderá avaliar os diversos cenários e explorar, entre a grande variedade de campanhas e condições diferenciadas de cada parceiro, aquela que melhor se adapta às suas necessidades atuais.
Assim sendo, não hesite em entrar contacto connosco. Com isso, pode ficar a saber mais sobre a consolidação de créditos e como ela pode ajudá-lo a reduzir a sua taxa de esforço. Estamos sempre a pensar em si.