Os valores das rendas não param de subir, a cada dia parece estar mais distante a possibilidade de ter um espaço só para si, sair da casa dos pais e tornar-se, de facto, independente. Ainda que não pareça um objetivo distante, o crédito habitação jovem pode ser a solução para ter a casa própria com mensalidades, em muitos casos, menores que o arrendamento.
Neste artigo, mostramos um panorama geral acerca desta modalidade de crédito e apresentamos as condições básicas para ser elegível, bem como os documentos necessários e dicas práticas para sair-se bem no processo de contratação do crédito.
A idade faz diferença na hora do crédito?
Sim, muitas instituições financeiras têm ofertas específicas para os jovens entre os 18 e os 35 anos. Nestes casos, os spreads costumam ser mais baixos. No entanto, esse não é o único fator que conta. Por tal motivo, é fundamental estar atento às propostas e às campanhas de cada instituição.
Como escolher o Crédito Habitação para jovens?
O crédito à habitação jovem, como citámos anteriormente, oferece condições especiais para pessoas entre os 18 e os 35 anos que queiram comprar a casa própria.
Para definir a melhor proposta, há que se considerar a entidade que tem a TAEG (taxa anual de encargos efetiva global) mais baixa e que cobra menos comissões. O tipo de taxa (fixa, mista ou variável), o spread e os encargos associados, bem como a aquisição compulsória de um seguro, por exemplo, também precisam ser considerados antes da decisão.
São muitos pormenores a avaliar, não é? Mas fique tranquilo pois vamos esmiuçá-los a partir de agora.
A taxa deve ser fixa ou variável?
Na altura desta decisão, há vários fatores a se ter em conta, nomeadamente, qual a perspetiva de evolução dos juros, durante o prazo do contrato. Para além das tendências do mercado, é momento de analisar se conseguirá lidar com as revisões periódicas da mensalidade.
Taxa fixa
Na taxa fixa, o empréstimo tem a mesma prestação até ao final do contrato. A subida das taxas de juro não afeta os consumidores que fizerem esta escolha. No entanto, a descida dos juros também trará benefícos. Para além disso, pelo menos no início do contrato, os juros serão superiores à alternativa variável, se levarmos em conta o cenário atual.
Taxa variável
Aqui, haverá revisão trimestral, semestral ou anual dos juros, com base na periodicidade fixada no contrato (Euribor a 3, 6 ou 12 meses). Nesta modalidade de taxa, quando os juros estão mais baixos, o mutuário se beneficia. Porém, se os juros sobem, a pmensalidade da casa também irá aumentar.
Taxa mista
O crédito à habitação jovem com taxas mistas é contratado com uma taxa fixa nos primeiros anos do crédito e uma taxa variável nos anos seguintes. O prazo da taxa fixa varia de banco para banco, podendo ir de 1 a 30 anos, desde que o prazo do contrato seja superior a isso.
Atenção aos produtos associados ao crédito habitação jovem
Durante a negociação e apresentação das propostas, algumas instituições financeiras sugerem produtos associados ao contrato, tais como os seguros obrigatórios, cartões, entre outros. Essa contratação pode ajudar a conseguir melhores condições de financiamento e a descer a prestação mensal. Mas, como é óbvio, implica no aumento dos custos mensais, pela necessidade de pagamento destes mesmos produtos.
Em alguns casos, pode compensar não contratar os produtos associados ao crédito à habitação junto do banco, mas sim de forma independente, mesmo perdendo as bonificações associadas ao spread. Para tomar essa decisão, vale contar com a orientação de um profissional experiente.
Entrada e gastos associados
Atualmente, os bancos não podem financiar mais de 90% do valor do imóvel – e muitos não ultrapassam os 80% do total.
Qualquer que seja o cenário, terá sempre que dispor de, pelo menos, um quinto do preço da casa, já considerando todos os custos iniciais. No entanto, se conseguir pedir menos dinheiro, é suposto que consiga um spread mais baixo. Mas este não é o único valor de que precisa de dispor no momento de comprar casa.
Antes de enveredar-se pela compra da casa, é bom contar com um fundo relativamente robusto, já que terá de suportar as despesas com a escritura e o registo da habitação, bem como o imposto de selo pela utilização do crédito, imposto de selo sobre a aquisição do imóvel e o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT). Terá de pagar também as encargos iniciais do crédito (vulgarmente divididos em de abertura, de formalização e de avaliação do imóvel).
Etapas para a concessão do crédito habitação jovem
Para contratar um crédito à habitação jovem, vai passar por três etapas. Em cada uma delas, terá de providenciar uma série de documentos antes de avançar para a fase seguinte.
Fase 1
Na primeira fase do processo é feita a análise e a pré-aprovação do crédito. Neste momento, terá de entregar as cópias dos seus documentos de identificação, comprovativos de rendimentos e de liquidação do IRS do ano anterior, além do comprovativo de morada.
Fase 2
Na segunda fase, onde é feita uma avaliação do imóvel escolhido. Neste momento, terá de entregar:
- caderneta predial;
- Certidão de Teor do Imóvel;
- Ficha técnica e plantas do imóvel.
Fase 3
Aceites todos os documentos anteriores, e aprovado o seu crédito, chega a terceira fase, onde é feita a marcação da escritura. Nesta etapa, terá de entregar:
- licença de utilização;
- direito de preferência;
- certificado energético.
Dicas práticas
Lá no início do artigo, comentámos sobre a importância de avaliar a sua flexibilidade para o cumprimento das mensalidades. Vamos falar um bocado mais sobre isso?
Calcule a sua taxa de esforço
As instituições financeiras, antes de aprovar o crédito a um cliente, fazem o cálculo da sua taxa de esforço. Trata-se, em suma, de analisar o peso que a mensalidade terá sobre os rendimentos do seu agregado familiar.
Então, antes de começar a pensar em contratar um crédito habitação jovem, pode fazer essa conta para ter a certeza de que conseguirá honrar com esse compromisso financeiro, sem riscos de incumprimentos.
Para fazer esse cálculo, some a prestação da proposta do crédito à habitação às demais prestações e despesas fixas mensais que já tem. Feito isso, divida o resultado pelo seu rendimento líquido mensal. No final, multiplique por 100. Essa é a sua taxa de esforço. O valor não deve ser superior a 35 por cento dos seus rendimentos.
Se vive com os pais ou divide a casa com outras pessoas, deve considerar que a partir da compra da sua casa, terá que arcar com todas as despesas da nova casa. Não deixe de fazer essa previsão. Caso contrário, a saúde financeira da sua família poderá ficar em risco.
Conte com um intermediário de crédito
Como pode perceber, contratar um crédito habitação significa assumir um compromisso de longo prazo, que tem vários fatores envolvidos e que, se não forem bem planejados, podem causar um impacto muito negativo na sua vida financeira. Portanto, antes de contratar o crédito, considere buscar o apoio de um intermediário de crédito para orientá-lo neste passo tão importante.
A chanceplus oferece consultoria gratuita em todos os passos do processo. Temos uma ampla rede de parceiros, o que nos permite encontrar diversas propostas atrativas, e ajudá-lo a decidir pela melhor alternativa, de acordo com as suas condições e com os seus objetivos.
Entre em contacto com a nossa equipa de atendimento para saber mais sobre o crédito habitação jovem e começar ainda hoje o seu caminho até a sua casa própria.